quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Mercado de Recicláveis

O Cempre - Compromisso Empresarial para a Reciclagem - estima em cerca de 500 mil o número de pessoas que trabalham informalmente na coleta em todo o país. Em Salvador, a coleta começa a ganhar visibilidade enquanto atividade econômica através das cooperativas de reciclagem e já está sendo vislumbrada por comunidades de bairros.A Associação das Comunidades Paroquiais da Mata Escura e Calabetão (Acopamec) Dos recicláveis que coleta e vende, a Acopamec beneficia apenas o papel. O processo é basicamente artesanal, porque, como regra geral, a compra de maquinarias exige investimentos vultosos para instituições sem fins lucrativos. A reciclagem de papel teve início há cerca de seis anos. A entidade também beneficia tronco de bananeira e bagaço de cana-de-açúcar.De acordo com a análise publicada na edição 75 do Cempre Informa - disponível no site www.cempre.org.br - a atividade de coleta seletiva no Brasil é regida por leis de mercado, o que, avalia a publicação, confere sustentatibilidade ao processo. "Em geral, os projetos são mantidos com responsabilidade compartilhada entre comunidade, catadores, cooperativas, indústrias, cadeias de distribuição/vendas e poder público e levam a uma mudança de realidade para a população de baixa renda", informa. No caso da Acopamec, a entidade teve apoio da Secretaria Estadual de Combate à Pobreza e Desigualdades Sociais (Secomp).Análise dos resíduos comprova evoluçãoA quantidade de recicláveis misturados aos resíduos urbanos de Salvador começa a diminuir, embora ainda participe de forma expressiva da composição. Segundo a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), a evolução da análise gravimétrica mostra que, em 2004, das 2.275 toneladas diárias de lixo urbano produzidas, os recicláveis, no conjunto, significaram 23,45% da disposição final. Em 1999, a participação foi de 42,83%.